O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, rechaçou nesta quinta-feira, 2, que os lotes do leilão de 4G na faixa de 700 megahertz (MHz) que micaram na disputa desta semana já possam ser ofertados no leilão de “sobras” de radiofrequências que o órgão regulador pretende realizar até a metade do próximo ano. “Ainda é muito cedo para se oferecer essa frequência novamente”, afirmou.
No começo de setembro, Rezende adiantou que o governo vai leiloar, até julho de 2015, novas sobras de frequências que poderão ser usadas para a oferta de qualquer serviço de telecomunicações, incluindo banda larga móvel e TV. De acordo com ele, serão ofertados lotes nas faixas de 1,8 gigahertz (GHz), 2,5 GHz e 3,5 GHz.
De acordo com o presidente da Anatel, o Lote 4 do leilão de 700 MHz, que não foi vendido esta semana, não custará menos que R$ 2,7 bilhões quando for novamente licitado. O valor corresponde ao preço mínimo de R$ 1,893 bilhão mais os R$ 887,5 milhões que o vencedor do lote teria como obrigação para a “limpeza da faixa” hoje ocupada pelos radiodifusores. “Um novo leilão pode até ocorrer antes da limpeza completa da faixa, mas o gasto com o processo já está garantido pelos vencedores do leilão desta semana”, explicou Rezende.
Claro, TIM e Telefônica/Vivo adquiriram lotes nacionais de 4G em 700 MHz na última terça-feira, em um leilão sem disputa e com ágio próximo de zero. A Algar Telecom comprou o lote regional referente a sua área de concessão. Como a Oi e a Sercomtel não participaram do certame, os lotes 4 (de abrangência quase nacional) e 6 (área da Sercomtel, no Paraná) não foram vendidos.