Os preços no atacado continuam sendo impulsionados pelas matérias-primas brutas agropecuárias. Soja, bovinos e milho aceleraram mais uma vez e foram responsáveis, ao lado dos combustíveis, por parte da aceleração do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) em novembro. A alta de 1,14% foi quase o dobro do avanço de 0,59% verificado em outubro, informou nesta sexta-feira, 5, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou de 0,73% no mês passado para 1,44% na leitura divulgada hoje. A principal mudança ocorreu no estágio das matérias-primas brutas (1,23% para 1,86%), com destaques para soja (0,40% para 5,81%), bovinos (6,35%) e milho (3,80% para 13,45%).
Houve também contribuições no sentido contrário, como café (7,99% para -2,25%), leite in natura (-0,56% para -4,41%) e aves (3,51% para -1,54%).
Nos bens intermediários (0,50% para 1,42%), o principal responsável por este avanço foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,67% para 1,43%. Só o farelo de soja, impactado pelo aumento de sua matéria-prima, ficou 13,64% mais caro no mês passado.
Entre os bens finais (0,55% para 1,13%), o destaque veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,03% para 1,75%.
Combustíveis
O impacto do reajuste dos combustíveis chegou com mais força ao IGP-DI de novembro. O diesel, no atacado, subiu 4%. Desde o dia 7 de novembro, a Petrobras reajustou o diesel em 5% e a gasolina em 3% nas refinarias. Como o índice foi mensurado desde o dia 1º até 30 do mês passado, esse impacto ainda apareceu parcialmente.