O presidente da Câmara Municipal, vereador Eduardo Soltur (PV), afirma que o contrato de locação de automóveis assinado no fim da gestão do vereador Alan Neto (PSC) era irregular. No dia 4 de abril, o Legislativo assinou um termo aditivo ao contrato com a Cotrans Locação de Veículos, reduzindo o valor de R$ 2 milhões para R$ 1,64 milhão por dois anos. A economia será de R$ 15 mil mensais aos cofres públicos. Neto defende legalidade do acordo feito anteriormente.
Em 2007, o então vereador Paulo Carvalho (PR) contratou a Costrans para a locação de 37 Astra e uma Van tipo Ducato adaptada por R$ 1,6 milhão. No final do ano passado, Neto refez o acordo para a locação de 37 Linea, da Fiat, por R$ 2 milhões. Contudo, a empresa prometeu entregar os carros em janeiro e afirmou depois que as locações dos modelos só valeriam a partir de julho. Soltur decidiu cancelar o contrato.
Segundo Soltur não há como responsabilizar Neto ou os antigos diretores da Câmara pelo contrato, já que os valores não chegaram a ser pagos. "Deram aumento para a empresa, mas eu que teria que pagar em janeiro. Como cancelei não houve problema", afirma.
Neto afirma que todos os contratos assinados na gestão dele foram aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado. Ele diz que o valor do termo aditivo com a Cotrans subiu para quase R$ 2 milhões por conta do modelo de carro escolhido. "A empresa não tinha os carros e a Câmara refez o contrato. É o certo. Não tem nenhuma irregularidade", diz.
O advogado Aírton Trevisan, ex-presidente da subseção Guarulhos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), diz que é estranho um contrato ser renovado com um preço menor, pois o normal é que haja aumento do valor. "Se a quantidade de carros é a mesma e as condições também, é preciso analisar se houve superfaturamento", analisa.
