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Soluções para a saúde

Em praticamente todas as áreas, o Brasil teve avanços concretos nos últimos anos. E as bases para esses avanços são, em resumo, democracia e controle da inflação. O Estado de Direito consolidado e a inflação domada permitiram, por exemplo, a eleição de um Presidente operário, que governou para uma maioria quase sempre excluída.


Nos últimos anos, houve aumento no emprego, conseguimos a política de recuperação do salário mínimo, quitamos a dívida externa, passamos à condição de grande produtor de petróleo e vimos o Brasil alcançar posição destacada entre as principais Nações.


Mas teve área onde estancamos ou andamos pouco. Uma delas é a saúde. Por mais generosa que seja a ideia do SUS (Sistema Único de Saúde), é forçoso admitir que a saúde pública ainda é muito carente. E isso vale para Guarulhos ou para o restante do Brasil.


O que fazer? São vários os caminhos. O principal é fortalecer o SUS e ampliar os investimentos públicos em saúde. Por isso, é importante aprovar a Emenda 29, que fixa percentuais de investimentos para União, Estados e Municípios.


Mas não basta. O Brasil precisa de uma política (um PAC de verdade) para o saneamento básico, principalmente nos grandes centros urbanos.  Saneamento gera empregos, reduz doenças e melhora a qualidade de vida das pessoas.


Outra ponta dessa política está na educação. Precisamos de ações efetivas de combate ao tabagismo, ao alcoolismo e à obesidade. E aqui eu faço uma crítica à mídia, que foge da obrigação educacional prevista em lei. Se a escola já não tem, infelizmente, a força que teve, cabe aos meios de comunicação social desempenhar um papel patriótico de elevação do padrão educacional e cultural de nosso povo.


Quero agora falar como sindicalista. Tenho visto em muitas cidades e Estados protestos ou greves de Servidores da saúde. Isso mostra que alguma coisa está errada. No meu entendimento, para que a saúde pública funcione como deve, há que se valorizar o Servidor da Saúde, estimulando a qualificação profissional e pagando salários justos.


Eu, como tantos, não tenho soluções mágicas para a saúde pública. Mas tenho comigo algumas propostas, que considero sensatas e viáveis. E aproveito este espaço para chamar os cidadãos a se engajarem nas lutas por uma saúde pública digna, participando de Conselhos, de associações ou de outros meios que possam ajudar o Brasil a avançar nessa área também.


 


José Pereira dos Santos


Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região


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