Após realizar a segunda descoberta de petróleo na Margem Equatorial brasileira, na bacia de Potiguar, a sonda da Petrobras vai voltar à bacia de Campos, como já havia sido informado pelo diretor de Exploração e Produção da companhia, Joelson Mendes.
Manter a unidade no local, à espera da licença ambiental para perfurar o principal objetivo da companhia, na bacia Foz do Amazonas, resultaria em custos incalculáveis, já que não há prazo para a concessão do documento.
A descoberta, divulgada na noite de terça-feira, 9, agradou o mercado financeiro, que mantém as ações da companhia em alta no pregão desta quarta-feira, a despeito da queda do preço do petróleo e as especulações sobre a substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que também estão se arrefecendo.
Por volta das 12h20, tanto as ações preferenciais como as ordinárias da companhia subiam mais de 2% na B3.
Além de dar pistas sobre as possibilidades de produção nas águas ultraprofundas da bacia Potiguar, a descoberta no poço exploratório Anhangá, na costa do Rio Grande do Norte, garante maior credibilidade sobre o aumento de reservas da companhia.
Segundo a Ativa Investimentos, a bacia Potiguar está localizada a alguns quilômetros de distância da bacia da Foz do Amazonas, alvo principal da petroleira, e mesmo assim possui características geológicas parecidas, "o que é ótimo", avalia a corretora.
A Ativa destaca que a nova fronteira tem potencial, sobretudo por se tratar ainda de exploração em águas ultraprofundas, onde a Petrobras é destaque global.
"A descoberta coloca uma pulga na orelha do Ibama. Se existem condições parecidas com Foz do Amazonas na bacia Potiguar, fica a impressão que o que existe na Foz do Amazonas pode ter grandes proporções. Em suma, a descoberta ajuda a Petrobras a colocar pressão no órgão para agilizar a licença solicitada pela empresa e que segue parada por mais de um ano no órgão", afirmou em nota.