Em cumprimento à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, forças de segurança de São Paulo desmobilizaram até a noite desta segunda-feira, 9, os 34 acampamentos espalhados pela capital e pelo interior do Estado. Os atos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, aconteceram sem prisões, diferentemente do que foi determinado pelo ministro.
No último domingo, dia 8, após ataques extremistas nas sedes dos Poderes em Brasília, Moraes determinou a dissolução total de acampamentos antidemocráticos no entorno de quartéis em 24 horas em todo o País. O ministro também exigiu a prisão em flagrante dos participantes. Desde o fim das eleições presidenciais, em outubro, manifestantes ocupam as frentes de quartéis em contestação à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A DESOCUPAÇÃO E DISSOLUÇÃO TOTAL, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos Quartéis Generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos", diz Moraes em sua decisão.
Na segunda, em coletiva à imprensa, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, prometeu cumprir a medida judicial de forma "pacífica" e por meio do diálogo. "Isso vai ser feito sempre com uso escalonado da força, a gente vai através do diálogo informar para os manifestantes que existe uma ordem judicial de desmobilização dos acampamentos", disse aos jornalistas.
Dos 34 acampamentos desmobilizados, 28 estavam localizados no interior do Estado. Na capital, o de maior preocupação ficava instalado em frente ao Comando Militar do Sudeste, na região do Ibirapuera, na zona sul.