O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal (Stap) discorda dos aumentos salariais propostos na Câmara, há duas semanas. Segundo o sindicato, o projeto não é compatível com o porte da cidade e deixa os demais trabalhadores, que recebem salários bem mais baixos, enfrentando piores condições de trabalho.
"Nós somos contra e exigimos a equiparação salarial. Não se pode aceitar que eles aprovem esse reajuste enquanto os demais setores públicos têm salários diferentes", afirmou o diretor do Stap, Denílson Bandeira.
Segundo o sindicato, nós últimos três anos os servidores tiveram um reajuste de, aproximadamente, 18% e há anos eles vêm lutando por uma equiparação salarial com os demais profissionais, além de melhorias para os profissionais.
"Por esta razão, não aceitamos esse aumento de até 61%, principalmente porque quando nós estamos lutando precisamos fazer manifestações e greves, fazendo a população sofrer para que consigamos algo", ressaltou Bandeira.
O projeto, que será votado nos próximos dias pelo Legislativo, é embasado pela Constituição Federal que determina o reajuste antes das eleições. Pela proposta, os vereadores passarão a receber R$ 15.031,76 – atualmente a remuneração dos parlamentares é R$ 9.288,05. Já o subsídio do prefeito para o próximo mandato será de R$ 23 mil, com aumento de 29,3% sobre o montante atual de R$ 17.777,80. Para vice-prefeito, o novo subsídio será de R$ 18 mil. Os secretários municipais e coordenadores passarão a receber R$ 16 mil por mês e os adjuntos 14,5 mil.
"O projeto pode até não ser ilegal, contudo é imoral porque os profissionais que constroem essa cidade não são valorizados como deveriam. Quem tapa buracos nas ruas, varre o lixo, cuida da saúde e da educação, é quem realmente merece atenção", ressaltou Bandeira que destacou que o Stap encaminhou uma carta ao presidente do Legislativo repudiando o ato.(R.I.)