Uma semana após o fim da Copa do Brasil, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu anular a perda de mando de campo aplicada ao Grêmio em razão da invasão de campo da filha do técnico Renato Gaúcho, ainda nas semifinais da competição nacional. O Pleno do STJD retirou a perda de mando, mas manteve a multa de R$ 30 mil.
O clube gaúcho havia sofrido polêmica punição porque a filha do treinador, Carol Portaluppi, acompanhou os minutos finais da segunda partida contra o Cruzeiro, pela semifinal, no banco de reservas. E, ao fim da partida, foi ao gramado para comemorar a classificação à final com o pai, jogadores e membros da comissão técnica.
A arbitragem considerou o fato uma infração porque Carol não estava autorizada a ficar no banco. E o episódio acabou sendo registrado na súmula do jogo, o que virou material para denúncia do STJD na sequência. Em decisão polêmica, o tribunal punira o Grêmio com a perda de um mando de campo, impedindo o time de jogar em casa uma das duas partidas da final, contra o Atlético-MG.
A decisão gerou forte repercussão, mas acabou durando menos de 24 horas. Foi o tempo que o Grêmio precisou para obter efeito suspensivo e reaver o direito de mandar uma das partidas na Arena Grêmio. Foi justamente neste jogo, o segundo da final, que o Grêmio, conquistou o título da Copa do Brasil, na quarta-feira passada.
Nesta quarta, o Pleno julgou o caso em definitivo e decidiu pela retirada da perda de mando de campo. A multa foi mantida e será revertida a um fundo criado pelo STJD para ajudar as famílias das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense.
EDÍLSON – Se obteve vitória no caso da Copa do Brasil, o Grêmio teve insucesso ao tentar reverter punição aplicada ao lateral Edílson por agressão ao meia Rodrigo Dourado, do Internacional, no clássico disputado na 32ª rodada do Brasileirão. Ele fora suspenso por cinco jogos, mas recorreu para tentar reduzir a sanção. Nesta quarta, o Pleno manteve a punição inicial.