Atílio André Pereira, o super secretário de Transportes e Trânsito, passa de franco atirador a acusado de liderar um esquema de corrupção na escolha dos permissionários do transporte público de Guarulhos
Acusado nominalmente de corrupto, do alto da tribuna da Câmara Municipal, duas semanas atrás pelo vereador Cicero Mossoró (PSDB), o homem forte do prefeito Sebastião Almeida (PT) nas áreas de Transporte e Trânsito, onde é o secretário, Atílio André Pereira, tenta transparecer que não está preocupado em ver seu nome jogado na lama. Na terça-feira, menos de uma hora após seu principal desafeto e hoje algoz, conceder entrevista coletiva passando à imprensa indícios superficiais para provar suas acusações, ele esteve na Câmara Municipal.
Os jornalistas não precisaram caminhar nem 30 metros para ouvir os dois lados da pendenga que pode ser apenas o fio da meada de um novelo cheio de nós. Depois que Mossoró, com os olhos cheios de lágrimas, despejou suas acusações e entregou um dossiê sem documentos à imprensa, Atílio chegava à Casa de Leis, com sua inseparável imagem de Nossa Senhora Aparecida em um botom pregado na lapela de sua camisa.
Mas a proteção maior ao super secretário não vinha dos céus. Atílio estava cercado de um aparato de seguranças de fazer inveja até ao chefe do Executivo local. Eram GCMs, homens à paisana, assessores. Todos cercando o quase intransitável secretário. Falou, falou, falou mas disse muito pouco. Garantiu que é inocente e que acionará o vereador na Justiça.
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