Política

STT – Mossoró apresenta indícios para confirmar denúncias contra Atílio

Em entrevista coletiva na Câmara Municipal, o vereador Cícero Mossoró (PSDB) apresentou a imprensa um dossiê com vários indícios que confirmariam as denúncias de corrupção que fez contra a STT há 15 dias

Segundo Mossoró, houve a formação de um cartel entre os permissionarios em licitação realizada em 2012. Ele apresentou um dossiê com vários nomes de pessoas que teriam participado da combinação de preços mínimos para a outorga, que girou em torno de R$ 32 mil. Ele falou ainda de vendas de placas para taxistas do Aeroporto que teriam cartas marcadas, além de uma relação estranha entre Atílio e o banco Luso, responsável pelos financiamentos dos microônibus .

Visivelmente emocionado e cercado de assessores, Mossoró afirmou que resolveu apresentar suas denúncias a imprensa nesta terça-feira, porque nesta quarta, quando irá depor no Ministerio Público Estadual, não sabe se estará vivo. "Venho recebendo ameaças de morte, me ofereceram muito dinheiro, tudo para eu ficar quieto. Não se sabe o que eles são capazes". 

Segundo o parlamentar, entre outras informações, Atílio é responsável, juntamente com o Antonio Nilson Borges (conhecido como Alemão), presidente da Coopertrans e suplente de vereador (PT), a formarem um cartel em 2012 para privilegiar a empresa durante licitação dos permissionários do transporte público no Município. Mesmo sem apresentar provas naquele momento, Mossoró prometeu apresentar esta e outras denúncias para o Ministério Público, nesta quarta feira, dia 26. Dependerá da Promotoria Pública levar ou não o caso adiante.

Ele acusou Atílio Pereira de combinar outorga com outros 115 permissionários, beneficiando quem ofereceu valor menor. “A fraude nessa licitação pode ser conferida no Diário Oficial do Município publicado em 28 de fevereiro de 2012”, informou.

Outras denúncias de Mossoró indicam que dezenas de pessoas compraram o Atestado de Capacidade Técnica exigido para participar da licitação. “Há muitas certidões negativas adulteradas e as carteiras de habilitação eram novas e as datas não batiam com os respectivos atestados”, disse, relacionando exemplos de pessoas nesta condição. Há ainda acusações relativas à participação do Banco Luso-Brasileiro em esquemas fraudulentos, reuniões secretas entre secretário e empresários beneficiados, troca de permissionários, favorecimento a advogados representantes de reclamantes e depósito em dinheiro na conta do presidente da Coopertrans.

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