Atílio chegou em Guarulhos em 2011 para substituir o ex-secretário José Evaldo Gonçalo, responsável direto pela conturbada implantação do novo sistema de transportes em 2010
Dono de um orçamento anual que em 2014 chega a R$ 272 milhões, Atílio chegou à Prefeitura de Guarulhos no final de 2011, na cota do PT estadual, para substituir o ex-secretário José Evaldo Gonçalo, responsável direto pela conturbada implantação do novo sistema de transportes em 2010. Mas o novo titular da pasta tinha uma tarefa árdua pela frente, já que os problemas gerados desagradaram muito a população, mesmo com a adoção do Bilhete Único. Havia perueiros rodando com liminares, a cidade não contava com corredores para ônibus nem mesmo os necessários terminais, fundamentais para o funcionamento do sistema.
Para piorar, Atílio – recém chegado de Campinas – não tinha qualquer ligação com Guarulhos, desconhecendo até mesmo o trânsito local. Fora isso, estava envolvido em um caso de corrupção em uma empresa de economia mista em sua cidade de origem, a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), onde atuou por mais de cinco anos. Mesmo assim, aos poucos, ganhou espaços e se tornou um dos principais secretários de Almeida ainda no primeiro mandato, mantendo-se no cargo após a sucessão municipal, sempre com as bênçãos dos empresários de ônibus que, coincidentemente, atuam tanto em Campinas como em Guarulhos.
Numa CPI aberta pela Câmara Municipal de Campinas, Atílio respondeu acusações que se referiam a um esquema montado na Emdec para aumentar a produtividade dos agentes municipais na aplicação de multas de trânsito. Ele seria responsável por conceder promoções aos agentes que apresentassem melhores resultados e também de um esquema que privilegiava o pagamento de horas extras aos servidores. Obviamente, negou tudo.
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