Ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke foi condenado nesta sexta-feira em um caso de corrupção envolvendo a negociação dos direitos de transmissão da Copa do Mundo, embora por um crime menor, enquanto o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser al-Khelaifi, acabou sendo absolvido.
Valcke foi considerado culpado pela falsificação de documentos vinculados aos acordos de transmissão na Itália e na Grécia da Copa do Mundo. Ele foi absolvido de aceitar subornos e má gestão criminosa enquanto era secretário-geral da Fifa, entre 2007 e 2015.
Por causa disso, foi condenado a 120 dias de pena suspensa e a restituir a Fifa em 1,75 milhão de euros (aproximadamente R$ 11,8 milhões). Os promotores pediam uma sentença de três anos.
Al-Khelaifi, que além de presidir o PSG é CEO do BeIN Sports, grupo de mídia do governo do Catar, foi inocentado da acusação de incitar Valcke a cometer má gestão criminal agravada.
Essa acusação estava ligada ao uso por Valcke de uma casa de férias na Itália cerca de seis anos atrás. Na época, a Fifa renovou o acordo pelos direitos da Copa do Mundo no Oriente Médio e no norte da África para a emissora liderada por al-Khelaifi.
"Isso restaura minha fé no estado de direito e no devido processo, após quatro anos de acusações infundadas, fictícias e manchas constantes da minha reputação", disse o presidente do PSG.
Um terceiro réu, o executivo de uma agência de marketing grega Dinos Deris, foi absolvido sob acusações de corrupção ativa com Valcke a incitá-lo.
A condenação de Valcke, ainda que sob outra acusação, é a primeira dele após o início de investigações pela promotoria sobre corrupção na Fifa e no futebol internacional, iniciadas há seis anos.