A Suécia aderiu formalmente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quinta-feira, 7, como o 32º membro da aliança militar transatlântica, encerrando décadas de neutralidade após a Segunda Guerra Mundial, à medida que as preocupações de segurança na Europa aumentaram após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, presidiram a cerimônia em que o "instrumento de adesão" da Suécia à aliança foi oficialmente encaminhado ao Departamento de Estado dos EUA. A adesão acontece após a retirada dos bloqueios feitos por Hungria e Turquia à entrada sueca.
A Casa Branca disse que ter a Suécia como aliada da Otan "tornará os Estados Unidos e os nossos aliados ainda mais seguros".
"A OTAN é a aliança defensiva mais poderosa da história do mundo e é hoje tão crítica para garantir a segurança dos nossos cidadãos como era há 75 anos, quando a aliança foi fundada a partir dos destroços da Segunda Guerra Mundial", afirmou a Casa Branca em comunicado. O Secretário-Geral da Otan, Jens Stoltenberg, descreveu o evento como "um dia histórico".
O Artigo 5º do tratado da Otan obriga todos os membros a ajudar um aliado cujo território ou segurança esteja sob ameaça. Este artigo só foi ativado uma vez – pelos EUA após os ataques de 11 de setembro de 2001 – e é a garantia de segurança coletiva que a Suécia tem procurado desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.
A adesão da Suécia já vem sendo debatida há tempos, mas a proposta vinha sendo bloqueada por objeções dos membros da Otan Turquia e Hungria. A Turquia manifestou preocupação pelo fato da Suécia não tomar medidas suficientes contra grupos curdos que considera terroristas, e o presidente da Hungria, Viktor Orban, demonstrou sentimento pró-Rússia e não partilhou a determinação da aliança em apoiar a Ucrânia. Após meses de atraso, a Turquia ratificou a admissão da Suécia no início deste ano, e a Hungria também ratificou nesta semana.