A região Sudeste foi a que apresentou o maior rombo das contas públicas em outubro, de acordo com o Banco Central. O déficit da região no mês passado somou R$ 1,545 bilhão. O resultado ficou negativo, apesar do superávit de R$ 3,719 bilhões de Minas Gerais. Esse ganho foi menor do que os déficits somados de Rio de Janeiro (R$ 4,541 bilhões), São Paulo (R$ 468 milhões) e Espírito Santo (R$ 255 milhões).
No conjunto dos governos regionais, o resultado de outubro ficou positivo em R$ 4,650 bilhões em outubro, ajudando a diminuir o rombo fiscal geral do País. A região Norte também ficou deficitária em R$ 469 milhões no mês passado. Nenhum Estado, no entanto, mereceu um destaque especial negativo ou positivo, já que as cifras, para qualquer um dos lados não passou de R$ 500 milhões.
No Nordeste, o resultado fiscal ficou positivo em R$ 941 milhões no mês passado, apesar do déficit de R$ 1,125 bilhão de Pernambuco. No Sul, o saldo foi positivo em R$ 2,133 bilhões, com a principal ajuda vindo de Santa Catarina (R$ 1,159 bilhão). A região Centro-Oeste foi a que mais colaborou para o resultado regional de outubro, ao apresentar um superávit de R$ 3,589 bilhões.
Com exceção do Distrito Federal, em todas as unidades da federação dessa região houve saldo positivo. O maior foi de Goiás, no total de R$ 1,960 bilhão.
Energia e combustíveis
O chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, disse à imprensa que o reajuste de tarifas de energia elétrica e combustíveis causou aumento de arrecadação dos governos regionais, o que compensou perdas motivadas pela desaceleração da economia.
O resultado primário dos governos regionais, com superávit de R$ 17,1 bilhões de janeiro a outubro, é o melhor para o período desde 2013. O técnico do BC ressaltou que, do lado das despesas, foram reduzidos os gastos com investimentos.