Em menos de 24 horas, Sarah Sjöstrom bateu duas vezes o recorde mundial dos 100 metros borboleta, mostrou que é uma das grandes nadadoras da atualidade, e conquistou a medalha de ouro no Mundial de Natação, em Kazan (Rússia). O britânico Adam Peaty, por sua vez, ganhou a prova masculina de 100m peito.
Sjöstrom, de apenas 21 anos, é atleta federada pelo Esporte Clube Pinheiros. O clube paulistano, sempre contrário à contratação de atletas estrangeiros apenas para a disputa de competições interclubes, este ano mudou de ideia e contratou a sueca para a disputa do Troféu José Finkel, ainda este mês, quando o Pinheiros vai apresentar sua reformada piscina coberta. Ela esteve no Brasil no primeiro semestre para treinar na Unisul, em Palhoça (SC).
Campeã mundial pela primeira vez em 2009, com 15 anos, Sjöstrom faturou nesta segunda-feira o tricampeonato mundial. E o fez com recorde mundial: 55s64, baixando 10 centésimos a antiga marca, que durou menos de um dia. Afinal, nas eliminatórias, domingo, ela completou a prova em 55s74. No total, baixou 0s34 o recorde que à americana Dana Vollmer desde os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
Na final em Kazan, colocou 1s41 sobre a dinamarquesa Jeanette Ottsen, atleta federada no Brasil pelo Corinthians desde 2012. Ying Lu, da China, ficou com a medalha de bronze.
SEM RECORDE – Outro europeu a ganhar medalha de ouro nesta segunda-feira em Kazan, o britânico Adam Peaty cresceu nos metros finais para vencer os 100m peito com o tempo de 58s52, tirando o título que parecia que iria para o sul-africano Cameron van den Burgh.
Atual recordista mundial da prova, Peaty foi bastante mais lento do que nas eliminatórias. Afinal, ele batera duas vezes o recorde do campeonato no domingo, chegando a 58s18 na semifinal. A expectativa era de que ele pudesse voltar a bater o recorde mundial nesta segunda-feira. A melhor marca de todos os tempos, dele mesmo, de abril, é de 57s92.
No pódio, terá a companhia de outro britânico: Ross Murdoch, que chegou em terceiro, com 59s09, a meio segundo de Van den Burgh. Mesmo se repetisse os 59s21 do Pan de Toronto, Felipe França, que não se classificou à final, ficaria sem medalha no Mundial. Terminaria em quarto.