Estadão

Sugestões de militares para o TSE são assunto encerrado, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) tentou contemporizar as tensões entre as Forças Armadas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e declarou que as sugestões oferecidas pelos militares para supostamente aprimorar o sistema eleitoral brasileiro são "assunto encerrado".

"As Forças Armadas fizeram um trabalho técnico, possuem equipe altamente qualificada, de engenheiros, técnicos formados pelas melhores escolas. Apresentaram suas observações a respeito. O tribunal respondeu. Considero encerrado o assunto", declarou o vice-presidente a jornalistas no Palácio do Planalto nesta sexta-feira. "Não acho ambiente conturbado, faz parte, é jogo político", acrescentou, minimizando as tensões entre os Poderes.

O TSE já avisou as Forças Armadas que o ordenamento jurídico para as eleições deste ano está fechado e, assim, mudanças só poderão ser discutidas para o próximo pleito. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, disse que as sugestões não serão "jogadas no lixo".

<b>Moraes</b>

O vice-presidente saiu em defesa de Bolsonaro ao comentar as tensões do mandatário com o Judiciário e afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é parcial.

"O presidente usa as armas que a Justiça lhe dá. Uma vez que a gente considera que magistrado está agindo parcialmente, em relação a sua pessoa, você tem essas armas para utilizar", declarou Mourão.

Questionado sobre se Moraes seria parcial, ele concordou. "Eu considero (parcial). Eu acho que está havendo disruptura nisso aí tudo. Eu concordo que o presidente utilizou instrumentos que tinha à disposição", acrescentou o general da reserva.

<b>Musk</b>

Mourão disse, ainda, que soube pela imprensa do encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o empresário Elon Musk, que é realizado nesta sexta-feira no interior paulista. De acordo com o Ministério das Comunicações, a pauta da reunião é a possibilidade de o bilionário fazer investimentos na Amazônia. O vice-presidente, no entanto, é o coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).

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