A principal competição de vôlei do Brasil começa neste sábado. Após a última edição terminar antecipadamente e sem um campeão por causa da pandemia do novo coronavírus, a Superliga Masculina retorna para a temporada 2020/2021 com precauções para evitar casos de covid-19. O torneio começa com 12 equipes, entre as quais as duas últimas campeãs são vistas como favoritas, o Taubaté e o Cruzeiro. O primeiro jogo será entre Pacaembu Ribeirão e Minas, neste sábado, às 19 horas. A Superliga Feminina começará em 9 de novembro.
O protocolo criado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), elaborado por uma comissão médica em parceria com os clubes, prevê que os testes nos atletas e demais envolvidos sejam realizados a cada 15 dias, com os resultados entregues à entidade em folha assinada e timbrada. Em caso de resultado positivo, o jogador fica 10 dias de quarentena. Se quatro ou mais atletas de um único time pegarem a covid-19, ou dois levantadores, o clube pode pedir o adiamento da partida.
E isso já aconteceu na primeira rodada: o Vôlei Um Itapetininga teve oito jogadores testando positivo para o coronavírus, e, por consequência, sua partida contra o APAN/Eleva/Blumenau, equipe estreante no torneio, foi remarcada para 18 de novembro. "Esse protocolo foi feito com muito cuidado e pensamos primeiramente na saúde de todos os envolvidos em um jogo de voleibol. Vivemos um momento de incertezas com situações diferentes em cada Estado causadas pela pandemia", disse Renato DAvila, superintendente de competições quadra da CBV.
DAvila afirmou que o protocolo poderá mudar, dependendo das orientações dos órgãos de saúde. "Esse protocolo é somente o início. Nós continuaremos em constante troca com os clubes ao longo da competição", assegurou o dirigente.
FORÇAS – O torneio tem o Taubaté e o Cruzeiro como principais candidatos ao título – as equipes disputaram a decisão da primeira edição do Super Vôlei, torneio de tiro curto da CBV, no último sábado, com triunfo do time paulista por 3 sets a 0. No entanto, outras equipes, como o Vôlei Renata, que derrotou justamente o Taubaté na final do Campeonato Paulista, e o Minas são apontados como fortes concorrentes.
"Nós, do Taubaté, e o Sada/Cruzeiro talvez estejamos um passinho à frente dos outros, mas Campinas (Vôlei Renata) e Minas são times que vão correr por fora e brigar forte. Acredito que esses dois times vão ser hoje os favoritos a fazer hoje uma final da Superliga", opina Bruninho, levantador campeão olímpico que voltou da Itália para jogar na equipe do interior paulista e é uma das principais estrelas da competição.
Outras equipes projetam a Superliga como chance de ganhar experiência. É o caso do Sesi-SP. "Temos um time jovem, então acredito que só pelo fato de estarem em uma Superliga adulta já é um fator motivacional para eles e para mim também. Estamos treinando todo dia, encarando cada jogo como um novo desafio. O mundo da base é totalmente diferente para o mundo do adulto, então estamos todos no caminho do aprendizado", comentou o técnico Marcelo Negrão, do Sesi-SP, ele próprio um estreante na função no torneio nacional.
"Essa Superliga vai ser de muito aprendizado. Acredito que a gente, que está chegando agora nesse cenário da elite do vôlei brasileiro, só tem a aprender e mostrar o nosso melhor. Nosso time tem grande capacidade de surpreender", disse Alan Maciel, o Índio, capitão do Sesi.
Após a fase classificatória, os duelos de quartas de final, semifinais e finais serão disputados em série melhor de três. A decisão está prevista para os dias 10, 17 e 21 de abril.
<b>Confira abaixo a lista dos times participantes da Superliga:</b>
Apan/Eleva/Blumenau (SC)
Minas Tênis Clube (MG)
Vôlei UM Itapetininga (SP)
Montes Claros América Vôlei (MG)
Caramuru Vôlei (PR)
Sada Cruzeiro (MG)
EMS Taubaté Funvic (SP)
Sesi-SP
Azulim/Gabarito/Uberlândia (MG)
Vedacit Vôlei Guarulhos (SP)
Pacaembu Ribeirão (SP)
Vôlei Renata (SP)