A polícia está à procura de dois homens suspeitos de matar o motorista Valdomiro Mello, 34 anos, e a balconista Lucineide da Silva, 27, no último dia 20 de junho. O casal, que namorava há dois meses, foi executado dentro de um Celta prata na avenida Doutor Vital Brasil, no Jardim Nova Cumbica. Os dois levaram tiros na região do peito e na cabeça.
Os suspeitos pelo crime, Gabriel Antônio da Silva e Aparicido Calisto da Silva, conhecido como "Cidinho", tiveram a prisão preventiva decretada na última sexta-feira e estão foragidos.
Ambos são suspeitos de, pelo menos, outros dois assassinatos cometidos em Guarulhos. Qualquer denúncia a respeito do paradeiro dos foragidos pode ser feita através do disque denúncia, no número 181. É garantido o sigilo para quem ligar.
Briga – Segundo investigações do setor de homicídios, o estopim do crime teria sido uma discussão banal em um bar de Cumbica. No dia 15 de junho, cinco dias antes da execução, acontecia a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. O bar onde Lucineide trabalhava exibia a partida Brasil e Coreia do Norte. Lá, os acusados bebiam cerveja.
Alterados, Cidinho e Gabriel quebraram vários copos de vidro e Lucineide avisou que, dali em diante, eles seriam servidos com copos de plástico. É o que bastou para ela receber sua sentença de morte.
Uma confusão começou dentro do bar e, em certo momento, Gabriel teria apontado uma arma para a cabeça de Lucineide e a ameaçado, dizendo que ela "entraria para sua lista". Valdomiro, namorado da balconista, interveio na briga naquele dia e a discussão acabou apaziguada. Cinco dias depois, por volta das 22h de um domingo, o casal namorava dentro de um carro em frente à casa de Lucineide. Os suspeitos teriam se aproximado e atirado várias vezes contra as vítimas, que morreram no local.
Prisão – O promotor Rodrigo Merli Antunes entregou a denúncia contra Cidinho e Gabriel na semana passada ao juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, que decretou a prisão preventiva da dupla na sexta-feira. Assim que capturados, eles serão encaminhados a um Centro de Detenção Provisória onde aguardarão julgamento.
Por outro lado, Adriano Menechini, delegado responsável pelo caso, acredita que a prisão preventiva foi prematura e seria preferível um decreto de prisão temporária de 60 dias, já inclusa uma possível prorrogação. Mesmo assim, ele garante que os outros crimes associados aos suspeitos continuarão sendo investigados.