Estadão

Takeda fecha acordo de US$ 2,2 bilhões com startup para desenvolver vacina contra o Alzheimer

Em comunicado divulgado na segunda-feira, 13, a farmacêutica japonesa Takeda anunciou que fechou um acordo que pode chegar ao valor de US$ 2,2 bilhões para apoiar o desenvolvimento de uma vacina fabricada pela startup suíça AC Immune contra a doença de Alzheimer.

De acordo com os termos do acordo, a AC Immune receberá um pagamento inicial de US$ 100 milhões, com a possibilidade de adicionar mais US$ 2,1 bilhões caso os objetivos sejam alcançados. Além disso, a empresa também terá direito a mais de 10% em royalties sobre qualquer venda mundial da vacina.

Em comunicado oficial, a farmacêutica explicou que a vacina, chamada de ACI-24.060, foi concebida para induzir a produção de anticorpos capazes de atuar contra a formação de placas da proteína beta-amiloide no cérebro, uma das principais características do Alzheimer.

Atualmente, o novo produto está sendo testado em pacientes com Alzheimer em estágio inicial e em adultos com síndrome de Down, visando avaliar questões como segurança, tolerabilidade e eficácia.
De acordo com a Takeda, resultados preliminares indicam que a vacina tem demonstrado eficácia, "com evidências claras de resposta imune contra as formas tóxicas da proteína beta-amiloide". Até o momento, o Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados (DSMB) não identificou preocupações de segurança.

Além disso, a Takeda afirmou que, após a conclusão do ensaio clínico conduzido pela AC Immune, assumirá a responsabilidade pela condução e pelo financiamento dos trabalhos clínicos adicionais. A farmacêutica também afirmou que vai se responsabilizar por todas as atividades regulatórias globais e da comercialização da vacina.

"Estamos desenvolvendo uma abordagem que pode mudar o paradigma de tratamento para a doença de Alzheimer e minimizar as inúmeras dificuldades que pacientes e a comunidade em geral enfrentam. A associação com a Takeda nos permite alcançar o impacto máximo do ACI-24.060, o que também pode nos ajudar a avançar rapidamente para a fase 3?, afirmou a CEO da AC Immune, Andrea Pfeifer.

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