Os tanqueiros (transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo) de Minas Gerais estão pedindo ao governo estadual redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel de 15% para 12%. A reivindicação foi reiterada pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, em vídeo divulgado nas redes sociais, após ter sido demandada em greve da categoria na semana passada.
"Queremos redução do ICMS que era 12% e foi elevado para 15%. Queremos que ele volte para 12%. É um pedido da categoria", afirmou Gomes. "Esperamos que o governador tenha sensibilidade de reduzir a alíquota de ICMS dos combustíveis, porque hoje o óleo diesel (de Minas Gerais) tem uma das alíquotas mais altas da região Sudeste", argumentou Gomes.
Na manhã de segunda-feira (25), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG) anunciou o congelamento da cobrança do ICMS sobre o diesel no Estado. O governador não detalhou a duração do congelamento do tributo em anúncio feito na sua conta oficial do Twitter. "Considerando que o aumento do valor do combustível, decorrente dos reajustes constantes da Petrobras, tem consequências diretas no custo de vida dos mineiros, o governo de Minas vai congelar o ICMS do diesel no Estado a partir desta segunda-feira", disse Zema.
"Esta medida do governador foi uma vitória que tivemos depois da greve, mas ainda não atende completamente nossa demanda. Precisamos da redução da alíquota. Essa medida somente não resolve o problema da alta dos combustíveis", disse Gomes, no vídeo. Na última quinta-feira, cerca de 800 tanqueiros do Estado deixaram de circular em paralisação contra os elevados preços dos combustíveis, lubrificantes e derivados, segundo o Sindtanque. A greve teve fim com um acordo dos tanqueiros com distribuidoras em relação ao valor do frete.
Os tanqueiros de Minas Gerais também defendem a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis. "Pedimos ao presidente Jair Bolsonaro que reveja o que foi assinado no passado, porque não podemos aceitar pagar tão caro pelo combustível como hoje. Não adianta apenas baixar os impostos com o preço de paridade de importação (PPI)", afirmou Gomes.