O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, anunciou nesta semana que as obras de construção do trecho Norte do Rodoanel Mario Covas, paradas há mais de 6 anos, serão retomadas no próximo dia 25, a partir da rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos. “O contrato de concessão para a retomada das obras previa o reinício em outubro deste ano. Conseguimos adiantar o cronograma”, afirmou.
O contrato de concessão do trecho Norte do Rodoanel, entre as rodovias Presidente Dutra e Bandeirantes, foi assinado no ano passado, a partir de uma nova concorrência realizada pelo Governo de São Paulo. As obras neste trecho foram paralisadas ainda na gestão do governador Geraldo Alckmin, a partir de denúncias do Tribunal de Contas de superfaturamento e também nos processos de desapropriação pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem). Muitas das áreas sob litígio ficavam em Guarulhos.
Com a retomada das obras adiantadas em seis meses, Tarcísio espera que o trecho de Guarulhos, entre as rodovias Dutra e Fernão Dias, sejam concluídos antes do final de 2025. ” No segundo semestre do ano que vem esperamos liberar este primeiro trecho para o tráfego de veículos, com a conclusão entre a Fernão Dias e Bandeirantes ficando para 2026″, afirmou. Com a conclusão do trecho Norte, com mais de duas décadas de atraso, o Rodoanel será concluído em sua totalidade.
Durante visita a Guarulhos na última quinta-feira, Tarcísio confirmou que a cidade contará com uma alça direta para o Rodoanel que sairá do Aeroporto Internacional, conforme reivindica o prefeito Guti e o deputado estadual Xerife do Consumidor, que é o líder do Governo na Assembleia Legislativa. “Os guarulhenses podem ficar tranquilos que vamos ter esta alça também”, disse. Guarulhos terá mais dois acessos ao trecho Norte do Rodoanel, pelas rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias.
A nova concessão prevê investimentos de R$ 3,4 bilhões em obras remanescentes que precisam ser executadas. O consórcio vencedor ficará responsável por investir R$ 2 bilhões para a finalização das obras, além de mais R$ 324 milhões para a implantação de projetos auxiliares, além de uma subvenção estimada de R$ 1,07 bilhão para o Estado.
A concessionária terá de corrigir problemas apontados em auditoria feita pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a pedido do Estado, que listou 59 falhas importantes nas obras já realizadas.
Entre elas, estão pilastras de viadutos tortas, infiltração em túneis, aterros de encostas com erosão e blocos de pavimento trincados, além de assoreamento de cursos dágua junto à via e ocupações irregulares de áreas já desapropriadas.
A concessionária também o direito de explorar os pedágios que devem adotar o modelo chamado “free flow”, tecnologia eletrônica que calcula a tarifa de acordo com as características de cada veículo por quilômetro rodado, eliminando paradas em praça de pedágio.
Os 44 quilômetros do trecho norte, interligando os trechos oeste e leste, cortam São Paulo, Arujá e Guarulhos, ao lado da Serra da Cantareira. Assim, a seção norte, último lote a ser iniciado, vai fechar o anel rodoviário de 177 km em torno da capital.