O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, avaliou positivamente a vitória do Consórcio Novo Litoral na disputa pela concessão rodoviária do Lote Litoral Paulista. De acordo com ele, mesmo não sendo uma companhia de grande porte ou de tradição no mercado, a vencedora tem "toda de condição de fazer um bom trabalho".
Tarcísio afirmou que o grupo, formado pela Companhia Brasileira de Infraestrutura (CBI) e Construtora Laços Detetores e Eletrônica (CLD), tem se saído bem nas concessões que opera no Mato Grosso. Além disso, está bem posicionada no litoral.
O governador disse ainda que, por se tratar de uma concessão pequena, com cerca de 200 quilômetros, é mais difícil atrair grupos tradicionais do setor. "Às vezes é um desafio para empresas maiores conseguirem margem para entrar em contratos com essas características. Isso favorece consórcios menores", explicou.
<b>Desconto</b>
Tarcísio considera que o desconto oferecido pelo consórcio ganhador é razoável e veio "dentro da conta". O grupo arrematou o lote com um desconto de 10,17% em relação à contraprestação pública máxima de R$ 199 milhões por ano estipulada no edital.
Para o político, o número é suficiente para que as contas fecharem. "Em alguns casos, um desconto muito alto preocupa, porque pode significar destruição de valor", afirmou.
O governador defendeu que haja geração de receita para fazer os investimentos necessários. "Um desconto muito alto pode acabar gerando destruição de caixa, o que dificulta o cumprimento de obrigações financeiras e objetivos da concessão", disse.
A disputa contou também com a participação da espanhola Acciona, que ofertou 1% de desconto