O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) abre várias frentes de cooperação entre os Estados, e que através de medidas conjuntas será possível acessar mercados como o europeu com produtos e serviços voltados à transição energética, como combustíveis sustentáveis.
Segundo ele, a guerra entre Rússia e Ucrânia, e mais recentemente o conflito no Oriente Médio, fazem com que os principais mercados da Europa fiquem ávidos por novos fornecedores e parceiros confiáveis e que produzam de forma sustentável. "Vamos ter demanda enorme em aviação civil por combustível", disse ele referindo-se ao Combustível Sustentável de Aviação (SAF), que já tem mobilizado indústrias e parte do segmento sucroalcooleiro do Brasil.
Ele destacou também que através de cooperação será possível buscar investimentos estrangeiros para o setor de infraestrutura e na indústria. "Precisamos trazer novos atores e isso vai nos ajudar".
Questionado sobre as eleições na Argentina, que acontecem neste final de semana, ele comentou apenas que deseja que o processo transcorra com normalidade e que o resultado seja o melhor para o país, que é grande parceiro comercial do Brasil.
<b>Ratinho Jr.</b>
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), disse que entre as medidas que serão adotadas pelos sete membros do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) estão medidas para criar um corredor azul na faixa oceânica das duas regiões, como forma de proteger a vida marinha.
O governador paranaense também anunciou que outra ação do consórcio será voltada para recuperar 90 mil hectares de Mata Atlântica, com o plantio de 100 milhões de árvores nativas do bioma. "Nosso principal ato é o olhar para a sustentabilidade, e queremos de fato mostrar que esses Estados têm políticas públicas transformadoras para o mundo."
Ratinho disse, ainda, que há propostas voltadas para a área de segurança pública, com a formação de um consórcio envolvendo secretários estaduais da área e comandantes das forças policiais de cada Estado, para atuar em sinergia, visando o enfrentamento do crime organizado. "Esse consórcio será formado por mais de 300 mil homens e mulheres que fazem parte das forças de segurança estaduais", afirmou.