O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), citou por engano o festival Rock in Rio durante uma entrevista coletiva, ontem, ao falar sobre futuras parcerias em eventos com a Prefeitura de São Paulo. Ele esteve reunido com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para discutir projetos realizados em conjunto, como as ações previstas para a Cracolândia.
"(Falamos sobre) Cooperação que precisa ter para o início do ano letivo até a cooperação para grandes eventos como Rock in Rio, Fórmula 1", disse Tarcísio. O governador, que é nascido no Rio, se corrigiu na sequência, informando se tratar do festival Lollapalooza, que ocorre em março em São Paulo.
Na entrevista, o governador também minimizou uma declaração do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, feita ontem. À rádio Cruzeiro, de Sorocaba, Derrite afirmou que pretende estudar modificações no programa. "O que existe de bom vai permanecer e o que não está sendo bom, e pode ser cientificamente comprovado, a gente vai propor possíveis alterações."
Tarcísio disse que "neste primeiro momento nada muda", mas negou "desalinhamento" com Derrite. "A gente está falando a mesma coisa. A gente vai tocar o projeto, tem gerado repercussões positivas, tem trazido concepção de segurança para segmentos mais vulneráveis dentro da sociedade, não vamos alterar nada. Ao longo do tempo vamos observar e reavaliar. Vou rever todas as políticas públicas dentro de uma lógica de eficiência."
<b>Nota</b>
O Ministério dos Direitos Humanos do governo Lula emitiu nota em que se diz "preocupado" com a declaração de Derrite. "O sucesso dessa política demonstrado pela ciência faz com que ela não apenas tenha que ser reforçada e ampliada, mas também que seja estendida a todas as unidades da Federação", afirmou a pasta. Questionado sobre a nota do ministério, Tarcísio disse que o governo não vai fazer "nada que coloque em risco a vida das pessoas".
Em relação à Cracolândia, Tarcísio declarou que vai convidar diversos órgãos e entidades para tratar da questão, em um esforço conjunto com governo do Estado, Prefeitura, Ministério Público, Tribunal de Contas e o Conselho Regional de Medicina.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>