Economia

Tarifa sobre aço e alumínio vira ponto central de renegociação do Nafta

Os negociadores dos Estados Unidos, do Canadá e do México não tinham como pauta debater a decisão do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas sobre o setor siderúrgico, mas o tema foi o centro das discussões da sétima rodada de renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), realizada na cidade do México.

Mais uma vez, o Canadá e o México fizeram coro às críticas internacionais à proposta de Trump de tarifar em 25% das importações de aço e em 10% para as de alumínio. “Essas tarifas são inaceitáveis”, criticou a chanceler canadense, Chrystia Freeland.

Já o ministro da Economia do México, Ildefonso Guajardo, foi mais ponderado. “Estamos esperando a decisão final dos EUA sobre o aço. Vamos esperar qualquer resolução concreta em relação a este assunto para decidir se vamos responder. Mas já adianto que faz todo sentido que o México seja excluído das tarifas de aço”, afirmou.

Em resposta, Robert Lighthizer, representante americano das negociações do Nafta, afirmou que a esperança dele é que não haja “um fluxo comercial tropeçado e perturbado” com o México e o Canadá após a imposição das novas tarifas.

Sobre o Nafta em si, pouco avanço foi feito, segundo o próprio Lighthizer. Apenas seis dos trinta tópicos de discussão foram concluídos e a oitava rodada de negociação ainda não foi sequer agendada.

Lighthizer afirmou, no entanto, que espera que o texto final seja fechado em “um mês, um mês e meio”, antes do início do período eleitoral no México. “É concebível que durante as eleições suspendamos as negociações. Por isso, queremos encerrá-las antes”, disse.

Mas a demora nas negociações não preocupa Guajardo, do México. “Estamos preparados para negociar o quanto for necessário”, disse. (com Dow Jones Newswires)

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