Internacional

Tarifas dos EUA ao aço e ao alumínio são “sanções”, diz Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, caracterizou as novas tarifas dos Estados Unidos ao aço e ao alumínio como “sanções”, aplicadas sem justificativa contra aliados de longo prazo dos americanos. Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou as tarifas contra Canadá, México e União Europeia.

Falando nesta quinta-feira sobre o assunto, Putin descreveu as tarifas americanas como “sanções”, dizendo que os países que impuseram restrições contra a Rússia pela anexação da Crimeia agora sentem efeito similar. “Eles anexaram a Crimeia?”, brincou Putin durante a apresentação anual na qual responde a várias perguntas, em referência aos alvos das tarifas americanas.

Putin comentou também que não acredita que o ex-espião russo e sua filha tenham sido envenenados por um agente nervoso no grau usado pelos militares, já que ambos sobreviveram. Autoridades do Reino Unido culparam a Rússia pelo envenenamento, em março, de Sergei Skripal e sua filha, Yulia, na cidade inglesa de Salisbury, o que Moscou nega. Questionado sobre o envenenamento, Putin disse que não quer comentar sobre a causa do problema e que a Rússia ainda quer ter acesso consular à dupla e a seus arquivos médicos.

O presidente anunciou ainda que o governo busca fazer ajustes no sistema tributário, a fim de combater a pobreza. Segundo Putin, o objetivo é reduzir à metade o número de russos que vivem abaixo da linha da pobreza, atualmente mais de 20 milhões de pessoas. O governo precisará de 8 trilhões de rublos (US$ 129 bilhões) em medidas para retirar as pessoas da pobreza, comentou. Ele não disse, contudo, se pode haver elevação de impostos para atingir essa meta.

Putin ainda reafirmou sua confiança na perspectiva de longo prazo da economia local. Ele disse que o Produto Interno Bruto (PIB) russo cresce atualmente 1,5%, na comparação anual. Segundo ele, trata-se de um patamar modesto, mas o crescimento futuro “é garantido”.

Em março, Putin foi reeleito para um mandato até 2024. Fonte: Associated Press.

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