O mercado de trabalho manteve a tendência de redução na taxa de desemprego em julho, puxada por uma recuperação na geração de vagas formais, mas com contribuição também de um aumento no contingente de trabalhadores informais, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego desceu de 10,5% no trimestre terminado em abril para 9,1% no trimestre encerrado em julho de 2022. O resultado foi o mais baixo desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando estava também em 9,1%.
Ainda há 9,882 milhões de pessoas em busca de uma vaga, mas esse é o menor nível de desempregados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. Em apenas um trimestre, 1,467 milhão de pessoas deixaram o desemprego, e 2,154 milhões conseguiram um trabalho.
A população ocupada alcançou um recorde de 98,666 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em julho de 2022, com um ápice de 39,294 milhões deles atuando na informalidade.
"A taxa de desocupação permanece em queda", frisou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. "Pelo que a gente observa, esse processo da expansão da ocupação está bastante disseminado pelas atividades."
Segundo Adriana Beringuy, a geração de vagas ocorre por uma recomposição no pós-pandemia de empregos perdidos durante a crise sanitária, mas também há crescimento de atividades que já estavam aumentando as contratações.
"Nenhuma atividade dispensou, nenhuma atividade registrou perdas no trimestre", apontou Adriana Beringuy.
Os destaques no trimestre foram as admissões no comércio e na administração pública, saúde e educação. Este último segmento foi puxado pela absorção de trabalhadores, principalmente, para a educação fundamental no setor publico, contou.
"A contribuição do comércio foi bastante significativa para a manutenção do crescimento da população ocupada na pesquisa", afirmou Adriana.