Cidades

Taxa de isolamento em Guarulhos cai só 1% no primeiro dia de reabertura econômica

Índice que foi de 45% entre segunda e quarta-feira desta semana caiu para 44% na sexta-feira, primeiro dia de reabertura no comércio da cidade

 A reabertura de parte do comércio, incluindo shoppings centers, e serviços em Guarulhos na última sexta-feira, 12, não representou uma diminuição significativa da taxa de isolamento na cidade, medida pelo Governo do Estado. O índice, que ficou em 45% entre segunda e quarta-feira, caiu para 44% na sexta. No feriado de quinta-feira, havia chegado a 47%. A variação pode significar que a parcela da população que opta por ficar em casa não foi para as ruas em grande número, respeitando as orientações para permanecer em isolamento social.  

O prefeito Guti, em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã de sábado, disse que o impacto da pandemia no orçamento do município será, até o fim do ano, entre 20% e 22%. Em entrevista ao Jornal da Manhã, Guti avaliou que Guarulhos “tem suas especificidades” e que a reabertura foi dada de forma responsável — baseada em números e critérios científicos. 

Da mesma forma que o resto do Estado, a indústria não teve as atividades paralisadas durante a quarentena, bem como os serviços essenciais. Agora, o comércio de rua, shoppings e prestadores de serviço puderam reabrir as portas após quase três meses. 

Para o comércio, o horário estipulado para funcionamento foi entre 10h e 16h. Os shoppings podem abrir entre 13h e 20h. Já os prestadores de serviço estão autorizados a trabalhar das 9h às 15h. Essa separação garante que o transporte público não gere aglomeração e tumultos. 

Guti garantiu que a decisão pela reabertura aconteceu após a Prefeitura aumentar a capacidades dos leitos — agora, o município tem 76% das UTIs ocupadas. Um outro fator relevante foi a retomada da capital. As duas cidades tem 39 quilômetros de limite — onde um lado da rua é São Paulo e a outra é Guarulhos. 

O prefeito, no entanto, ressalta que caso o Judiciário peça o fechamento novamente, como aconteceu em Diadema e em São Bernardo do Campo, ele vai obedecer. “A gente nunca pode garantir que não vai ter intervenção, mas temos números e estamos bem embasados. Se tiver alguma decisão contrária, vamos nos defender e tentar derrubar dentro da lei.” 

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