Os juros futuros oscilam sem muita tração para cima ou para baixo em meio à liquidez reduzida em razão dos feriados nos Estados Unidos (Dia do Presidente) e na China (onde prosseguem os festejos do Ano Novo Lunar). As taxas alternaram o viés de baixa e o de alta na manhã desta segunda-feira, 19.
Os mais curtos cedem, dando continuidade ao movimento de sexta-feira, em meio ao aumento da precificação de corte de 0,25 ponto porcentual da Selic em março na curva de juros, embora ainda predomine a possibilidade de manutenção da taxa em 6,75%, segundo um operador de renda fixa.
Os mais longos, por sua vez, desaceleraram no período da manhã, após tocarem as máximas na esteira do dólar e do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) mais forte em dezembro. Após subir 0,30% em novembro (dado já revisado), a economia brasileira registrou nova alta em dezembro de 2017, de 1,41%, na margem, dentro do intervalo obtido entre analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre zero e +2,90% e acima da mediana (+1,09%).
Em 2017, o IBC-Br acumulou alta de 1,04%. É o primeiro avanço anual após três anos de queda, desde 2013, quando havia subido 4,48%. O resultado ficou dentro do esperado pelo mercado financeiro. Conforme levantamento do Projeções Broadcast, as estimativas para 2017 variavam de +0,90% a +1,20%, com abaixo da mediana de +1,10%.
Às 9h45, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,585%, na mínima, de 6,620% no ajuste de sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2021, mais líquido, estava em 8,60%, na mínima, de 8,62%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 9,47%, igual ao ajuste de sexta-feira. No câmbio, o dólar à vista subia 0,31%, aos R$ 3,2356, enquanto o dólar futuro de março ganhava 0,14%, aos R$ 3,2395.
Na Pesquisa Focus, divulgada mais cedo pelo Banco Central, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a inflação de 2018 de 3,84% para 3,81%. A projeção para o índice de 2019 permaneceu em 4,25%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás. Já sob influência da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) para o fim de 2018 e de 2019, em 6,75% e 8,00%, respectivamente. Mas as projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 passaram de 2,70% para 2,80%, enquanto para 2019 a previsão de alta do PIB foi mantida em 3,00%.
Quanto aos dados de inflação divulgados mais cedo, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,03% na segunda prévia de fevereiro, após ter aumentado 0,82% na segunda prévia de janeiro. Com o resultado, o índice acumulou alta de 0,78% no ano, mas uma redução de 0,46% em 12 meses. E o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou em seis das sete capitais pesquisadas entre a primeira quadrissemana de fevereiro e a segunda leitura do mês. No geral, o IPC-S arrefeceu de 0,70% para 0,46% no período.