Os juros futuros de curto e médio prazos mostram viés de alta nesta quarta-feira, 14, em meio a ajustes, mas seguem precificando mais um corte de 0,25 ponto da taxa Selic, na próxima semana. Estão no radar as incertezas políticas nos Estados Unidos e um viés de alta dos juros dos Treasuries de curto e médio. As taxas futuras mais longas seguem nos mesmos níveis dos ajustes anteriores.
Nos Estados Unidos, mais cedo, foi divulgado que as vendas no varejo caíram 0,1% em fevereiro ante janeiro, contrariando a previsão de alta de 0,3%. O índice de inflação ao produtor (PPI) subiu 0,2% em fevereiro ante janeiro, acima da previsão de +0,1%. Já o núcleo do PPI subiu 0,2% em fevereiro ante janeiro, como previsto.
Os dados reforçam a percepção de gradualismo nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e, por isso, ajudam a enfraquecer o dólar no exterior e ante o real, disse o operador de uma corretora.
Com a agenda econômica local mais fraca, estão no radar o relatório mensal sobre petróleo da Opep (9h50) e os estoques de petróleo bruto do Departamento de Energia dos EUA (DOE) (11h30).
No mercado doméstico, será monitorado o 13º Fórum Econômico Mundial da América Latina, em São Paulo, que terá a participação de potenciais presidenciáveis, como o governador Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (15h30); e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (15h30).
Às 9h38 desta quarta-feira, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2019 estava em 6,490%, de 6,459% no ajuste de terça (13). O DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 7,32%, na máxima, ante 7,29% do ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 estava a 8,20%, de 8,19% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 seguia em 9,10%, igual ao ajuste de terça.