No mercado de juros futuros, as taxas ensaiaram uma queda no começo da sessão, mas na metade da manhã desta segunda-feira, 5, exibiam leve viés positivo, renovando máximas em sintonia com a desaceleração do movimento de baixa do dólar. A alta também se apoia na cautela com o cenário político. O volume de negócios, contudo, é bastante reduzido. Às 9h28, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,46%, ante 15,45% no ajuste de sexta-feira, 2. O DI para janeiro de 2021, 15,24%, de 15,20%.
As projeções para a inflação ganharam mais pressão com o aumento de 6% do preço da gasolina e de 4% do óleo diesel. A mediana das estimativas na pesquisa Focus, divulgada nesta segunda pelo Banco Central, passou de 9,46% para 9,53% no fim de 2015.
Para 2016, a mediana apresentou a nona elevação consecutiva, passando de 5,87% para 5,94%. A perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,80% para 2,85%. Para 2016, a mediana foi mantida em -1,00%. Por outro lado, o mercado financeiro manteve as projeções para a Selic em 14,25% ao ano no fim de 2015 e 13,63% ao ano no fim de 2016.
Nesta segunda, os investidores processam a notícia de que o governo pede o afastamento do relator do processo que julga as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU).
O ministro antecipou no fim da semana passada seu voto, sugerindo a rejeição das contas de Dilma, o que, se acompanhado pelos demais ministros, abriria espaço para a abertura de um processo de impeachment da presidente. O julgamento está marcado para quarta-feira, 7.