As taxas de juros negociadas no mercado futuro iniciam o dia em alta em toda a curva, depois que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de abril apontou inflação de 0,61%. Apesar da desaceleração em relação a março (0,71%), a taxa ficou acima da mediana das estimativas do Projeções Broadcast, que era positiva em 0,55%. O teto das estimativas apontava para uma alta de 0,65%.
Entre os pontos que chamaram a atenção no resultado de abril foi a taxa de difusão do IPCA, que ficou em 66% em abril, segundo cálculos da Terra Investimentos, contra 59,9% em março. Os preços administrados confirmaram a expectativa de arrefecimento e foram de 2,33% em março para 0,86% em abril. Ainda nos cálculos da Terra, a média dos núcleos do IPCA se acelerou de 0,37% para 0,51%.
Às 9h27 desta sexta-feira, 12, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2024 tinha taxa de 13,29%, ante 13,25% do ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2025 projetava 11,76%, contra 11,65%. A taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,32%, de 11,23%. Na ponta longa da curva, o DI para janeiro de 2027 projetava 11,39%, contra 11,34%.
No exterior, o dia é de apetite por risco, que mantém as bolsas da Europa e os futuros de Nova York em alta. Já os juros dos Treasuries avançam, principalmente nos trechos intermediário e longo, após caírem ontem em meio a persistentes tensões no sistema bancário dos Estados Unidos. Hoje os investidores vão acompanhar dados de confiança do consumidor americano e comentários de dirigentes do Federal Reserve. Essa mesma expectativa mantém o dólar em alta praticamente generalizada, numa tendência que deve ser replicada no câmbio brasileiro, com possível pressão nos juros.
Ainda na agenda do dia está a participação do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen, na reunião trimestral com economistas. À noite, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, concede entrevista à <i>CNN</i>.