As taxas de juros negociadas no mercado futuro têm oscilações bastante contidas, mas com recuo em toda a curva, conforme os analistas já previam mais cedo. Em dia de queda superior a 5% dos preços do petróleo, continuam a prevalecer no mercado as sinalizações do Banco Central de que o processo de aperto monetário está próximo do final, com mais um aumento de 1 ponto porcentual na taxa Selic em maio, se as condições do ambiente não se deteriorarem mais.
Na última sexta-feira, nem mesmo o IPCA-15 acima das estimativas foi capaz de promover uma abertura da curva, diante das sinalizações de Campos Neto, que apontou que o BC já havia trabalhado o bastante para conter o ímpeto inflacionário. Hoje, em meio à agenda mais escassa, o investidor deverá acompanhar a trajetória do dólar e comportamento do mercado internacional, onde o dia é mais ameno, com expectativa por uma nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia. O ponto de atenção fica com o dólar, que opera em alta moderada.
No exterior, enquanto os mercados americanos acionam o modo cautela com o discurso mais hawkish do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o Banco Central da Inglaterra (BoE) segue em linha semelhante. Em discurso há pouco, o presidente da instituição, Andrew Bailey, apontou choque inflacionário no país, com salto dos preços de energia e sinais de desaceleração do crescimento. "A inflação está ganhando força, em detrimento da produção. Nas atuais circunstâncias, é adequado apertar a política monetária", afirmou.
Às 9h46, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 12,75%, ante 12,76% do ajuste de sexta-feira. O DI de janeiro de 2025 projetava 11,39%, contra 11,46%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,28%, de 11,37% do ajuste anterior.