As taxas de juros registram oscilações contidas desde a abertura dos negócios nesta quinta-feira, 23, refletindo um ambiente de cautela entre os investidores, tanto com fatores internos quanto externos. Depois da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que, na quarta-feira, mostrou um tom considerado duro, nesta quinta os dados preliminares de maio do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aumentaram a cautela nos mercados.
O PMI composto dos EUA subiu de 51,3 para 54,4 em maio, bem acima das estimativas, que eram de uma desaceleração para 51,2. O PMI de serviços norte-americano avançou de 51,3 para 54,8 no mesmo período, alcançando o maior patamar em 12 meses e superando de longe a previsão da FactSet, que era de 51,5. Já o PMI industrial americano aumentou de 50 em abril para 50,9 em maio, ante estimativa de 50,2.
Os dados reforçam a percepção de uma economia forte nos Estados Unidos, justificando as apostas mais conservadoras em relação à política monetária do Fed. Na quarta, a ata do Fed mostrou que alguns dirigentes da instituição admitiram até mesmo a hipótese de uma elevação dos juros básicos. Depois dos dados dos PMIs, o mercado americano reduziu a probabilidade de corte de juros pelo Fed em setembro de 59% para 53,8%.
Os dados dos PMIs deram impulso as taxas dos Treasuries nos EUA, com reflexo nas taxas de juros brasileiras, que passaram a operar mais próximas da estabilidade.
Às 11h36, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,390%, ante 10,399% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2027 estava com taxa de 11,14%, contra 11,15% do ajuste anterior.