As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam perto da estabilidade, com ligeira baixa nos vencimentos intermediários e longos, depois de um forte ajuste na véspera, quando os mercados repercutiam a inflação acima do esperado aqui e nos Estados Unidos.
Nesta manhã, as taxas se mantêm em nível mais elevado principalmente ao dólar forte, com contribuição também da alta de 1,7% do volume de serviços em março, bem acima das estimativas do mercado financeiro (+0,8%).
Por outro lado, a quinta-feira é de alívio nos juros dos Treasuries e nos preços das commodities, o que favorece oscilações mais contidas e um leve ajuste para baixo.
Para Luis Felipe Laudisio, operador sênior da Renascença Corretora, a dinâmica doméstica deu o tom dos negócios ontem, com a divulgação do IPCA acima do previsto, apresentando núcleos e serviços ainda bastante pressionados, levando alguns players a novas revisões.
Adicionalmente, o CPI nos EUA também veio mais alto e o petróleo encerrou o movimento de queda dos últimos dias, apresentando uma alta acima de 5%.
"Todos esses fatores somados contribuíram para uma forte abertura de taxas, com o miolo se aproximando de 20bps de alta e os mais longos com uma alta menos intensa, mas ainda assim, próxima a 15 bps", explicou.
Às 10h21, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 13,34%, ante 13,33% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 12,40%, contra 12,44% do ajuste anterior.