Após abrir em alta, refletindo a piora da percepção dos investidores em relação ao cenário fiscal doméstico, os juros futuros inverteram a direção, com a surpresa de um corte de taxas na China. Perto das 10 horas desta sexta-feira, 23, contudo, os juros futuros rondavam a estabilidade.
Em relação ao cenário fiscal, pesa a informação de que o déficit das contas do governo Dilma Rousseff em 2015 deve ser de R$ 70 bilhões a R$ 76 bilhões, após o Tribunal de Contas da União (TCU) não permitir o pagamento parcelado das chamadas pedaladas fiscais de anos anteriores.
Uma situação fiscal deteriorada pode levar a um novo rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco, lembram fontes do mercado.
Já na China, o Banco do Povo do país (PBoC) anunciou na manhã desta sexta cortes nas taxas de empréstimo e de depósito em um ano em 0,25 ponto porcentual. A taxa de juros de empréstimos agora está em 4,35% e a de depósito, em 1,5%. Os cortes entram em vigor no sábado, 24.
O mercado monitora ainda a participação do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, na 30ª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da América do Sul. O evento é fechado à imprensa. Logo mais, às 10h30, os investidores avaliam os resultados da arrecadação federal em setembro.
Às 9h55, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 15,26%, de 15,27%. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 15,86%, de 15,84% no ajuste da quinta-feira, 22.