Estadão

Taxas de juros se ajustam para cima com piora de ativos no mercado externo

Uma piora no humor dos mercados internacionais na manhã desta quinta-feira, 22, reforçou o viés de alta nos juros futuros, que registram avanço em toda a curva, com maior ênfase nos vencimentos intermediários. A piora vem de diferentes direções, da entrevista da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, à divulgação do indicador de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos pior que o estimado. Com o temor de inflação acima do previsto e de desaceleração econômica mundial, houve enfraquecimento dos índices futuros da bolsa de Nova York, o dólar passou a registrar instabilidade e os juros dos Treasuries voltaram a cair, num sinal de maior busca por proteção.

Nesta manhã, o BCE manteve inalteradas as taxas de depósitos (-0,50%) e de refinanciamento (em 0%), e também não alterou o volume de compras do PEPP (programa emergencial relacionado à pandemia. No entanto, admitiu a possibilidade de inflação mais alta, mesmo que temporariamente. No ambiente doméstico, embora o Congresso Nacional esteja em recesso, há cautela com as movimentações na esfera do Poder Executivo. Segundo a corretora Renascença, os investidores procuram entender se a tomada de mais espaços no governo pelos partidos do Centrão é positiva ou negativa para o mercado.

Às 10h03, o contrato de DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 5,80%, ante 5,79% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2023 projetava 7,18%, contra 7,12%. Para janeiro de 2025, a taxa era de 8,17%, ante 8,12%.

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