O crescimento anualizado de 1,0% do PIB brasileiro em 2017, abaixo da mediana das projeções do mercado (+1,10%), limita a alta dos juros futuros na manhã desta quinta-feira, 1º, segundo um operador de renda fixa.
A fonte atribui o ajuste positivo das taxas futuras ao cenário externo de cautela e à perspectiva do leilão de títulos do Tesouro. Em termos de política monetária, o resultado do PIB não altera as apostas em novo corte da taxa Selic, de 0,25 ponto, na reunião do Copom deste mês, uma vez que o mercado está focando mais nos dados recentes de inflação no País.
Nesse sentido, mais cedo, foi revelado que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou o ritmo de alta de 0,69% em janeiro para 0,17% em fevereiro. Com o resultado, o indicador acumula alta de 0,85% no ano e de 3,07% em 12 meses. Essa marca de 3,07% é inferior à de 3,22% acumulada em 12 meses finalizados em janeiro.
Também contribui para o ajuste de alta das taxas de juros o dólar forte ante o real em meio à indefinição sobre a rolagem do vencimento de swap cambial de abril (cerca de US$ 9,029 bilhões). No exterior, a moeda americana também avança, mas os juros dos Treasuries e as bolsas em Nova York e europeias recuam antes da divulgação da inflação pelo PCE nos EUA (10h30) e o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Senado dos EUA (12h).
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu 0,1% no quarto trimestre de 2017 em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas. O teto era 1,0% e a mediana, 0,30%.
Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que já esperava um crescimento ao redor de 1%, o resultado é extremamente positivo levando em conta a queda de 3,6% em 2016. Ou seja, o fato de a economia voltar a crescer, significa, na avaliação do ministro, uma recuperação muito forte ao longo do ano”. A declaração de Meirelles foi dada em entrevista à Rádio Eldorado. Ele repetiu que a projeção da Fazenda é de crescimento de 3% no PIB para 2018.
Às 9h41 desta quinta, o DI para janeiro de 2019 exibia 6,5605%, de 6,575% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 estava em 7,55%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 marcava 8,48%, de 8,45% no ajuste de quarta.
O DI para janeiro de 2023 exibia 9,30%, de 9,25% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,73% neste mesmo horário, aos R$ 3,2651. O dólar futuro de abril ganhava 0,57%, aos R$ 3,2770.