Em alta desde a abertura dos negócios, as taxas de juros negociadas no mercado futuro têm avanço expressivo nesta segunda-feira, 15, refletindo a combinação entre os dados fortes no varejo dos Estados Unidos, o aumento da tensão geopolítica e a cautela com o cenário fiscal doméstico.
Para a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, o maior impacto sobre a curva de juros hoje veio das vendas no varejo dos Estados Unidos, que mostraram alta de 0,7% no índice cheio de março, contra 0,4% da expectativa do mercado.
O núcleo do índice subiu 1,1% no período, o dobro do estimado pelos analistas. Apesar do efeito expressivo nos ativos, a economista pondera que ele tende a ser suavizado a partir de novas leituras, uma vez os vetores de pressão são itens menos suscetíveis à política monetária do Federal Reserve, como o petróleo.
No Brasil, o <i>Broadcast</i> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que o Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que será apresentado hoje, vai prever resultado primário zero em 2025, tal como a meta deste ano, abandonando a busca por um superávit, antes estimado entre 0,50% e 0,25%, do Produto Interno Bruto (PIB). Para Argenta, esse foi um fator menos expressivo hoje, uma vez que a repetição do equilíbrio fiscal da meta de 2025 já era em boa medida esperada.
Às 12 horas, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 projetava 10,11%, ante 10,06% do ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2027 projetava 10,74%, contra 10,53% do ajuste anterior. E a taxa do DI para janeiro de 2029 estava em 11,30%, de 11,07% do ajuste anterior.