As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) operam próximas dos ajustes de ontem nos primeiros minutos de negociação desta quarta-feira, com leve viés de alta, alinhada ao fortalecimento do dólar. Depois de sofrer ajustes em baixa nos primeiros dias da semana, com investidores reduzindo apostas em um Copom mais agressivo, as taxas hoje mostram menor espaço para a redução de prêmios, dada a agenda escassa e a cautela com o cenário político doméstico.
Depois das fortes perdas na segunda-feira, pelo temor dos efeitos econômicos da disseminação da variante delta do coronavírus, a tendência de recuperação apontada no mercado internacional é apoiada na percepção de que houve exageros. Com isso, investidores voltaram aos negócios em busca de oportunidades de compra, o que levou as bolsas americanas a recuperarem praticamente toda a perda do início da semana. Sem indicadores econômicos relevantes na agenda do dia, os investidores e analistas acompanham a divulgação de balanços corporativos.
O mercado de juros foi pouco contaminado pelo ambiente de estresse e mostrou menor volatilidade que os demais ativos nos últimos dias. O temor de desaceleração econômica mundial serviu, no entanto, para conter as apostas em um Copom mais agressivo na reunião do início de agosto. Com isso, ganhou força nos últimos dias a aposta em elevação de 0,75 ponto porcentual na taxa Selic. Até a semana passada, chegava-se a considerar um ajuste de até 1,25 ponto.
No cenário político, o temor é de dificuldades no andamento de questões importantes no âmbito legislativo, devido aos recentes desentendimentos do presidente Jair Bolsonaro com o Congresso acerca de questões como o fundão eleitoral.
Às 9h40 desta quarta, o contrato de DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 7,15%, ante 7,12% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2025 projetava 8,12%, contra 8,09% do ajuste anterior. Na ponta mais longa, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 8,58%, ante 8,56%.