As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam perto dos ajustes de sexta-feira (12) nos primeiros minutos de negociação desta segunda-feira, 14, mas apontando viés de alta em toda a extensão da curva. O ligeiro ajuste ocorre apesar do ambiente mais ameno no exterior, diante a esperança com as nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia, que enfraquece o dólar ante maioria de moedas emergentes e colocando o petróleo em baixa. Por aqui, o dólar chegou a avançar no início dos negócios, mas perdeu fôlego e passou a recuar.
Por outro lado, há temores quanto ao potencial de alta da inflação, a partir do reajuste de combustíveis anunciado na última semana. A mediana apurada para IPCA de 2022 saltou 5,65% para 6,45% no Relatório Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central. O Focus também mostrou altas nas projeções para 2023 e 2024, indicando desancoragem mais ampla das metas de inflação, a dois dias da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A ameaça de paralisação de caminhoneiros também segue no radar dos investidores.
Às 9h40 desta segunda-feira, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 13,155%, ante 13,152% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2025 projetava 12,47%, contra 12,44% do ajuste anterior. Na ponta longa, a taxa do DI para janeiro de 2027 era de 12,24%, ante 12,21%.