Com a agenda econômica doméstica fraca e sem leilões do Tesouro, as atenções no mercado brasileiro nesta sexta-feira devem ficar concentradas no cenário internacional, que segue às voltas com análises sobre inflação e política monetária nos países desenvolvidos. O tom positivo nos ativos externos pode, em tese, favorecer novo fechamento da curva de juros. Mas analistas apostam que as taxas deverão orbitar a estabilidade nesta manhã.
Além da agenda interna escassa, pesa o fato de a quinta-feira já ter sido de ajuste da curva para baixo, embora ainda haja consenso de que as taxas seguem esticadas. E o cenário político segue como fator de cautela. Ontem à noite, em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar os preços dos combustíveis, acendendo a luz amarela em relatórios matinais desta sexta-feira. O aceno volta a gerar temor de ingerência política na Petrobras, num momento em que o governo busca evitar desentendimento com caminhoneiros.
No exterior, uma série de indicadores econômicos concentra a atenção dos investidores, além de discursos de dirigentes de bancos centrais na Europa e Estados Unidos. Segundo a LCA Consultores, o destaque da manhã é a expansão mais forte do setor de serviços na zona do euro, como indicado pelo índice dos gerentes de compras (PMI) do setor em maio.
Na agenda dos Estados Unidos, a empresa destaca as prévias dos PMIs deste mês, que serão divulgadas às 10h45 (de Brasília).
Pouco depois da abertura, as taxas mostram poucas alterações em relação aos ajustes do pregão de quinta-feira.
Às 9h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2022 tinha taxa de 5,01%, ante 5,00% do ajuste de ontem. O de janeiro de 2023 apontava 6,79%, contra 6,75% do ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 8,26%, contra 8,23%.