A manhã da segunda-feira, 27, foi de liquidez reduzida e oscilações contidas no mercado futuro de juros, que espelham um quadro que combina o feriado em Nova York e a expectativa pelos discursos do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo.
Sem a referência do mercado de Treasuries, que não opera hoje, as taxas intermediárias e longas seguem o leve apetite por risco no exterior e devolvem parte dos prêmios adicionados na sexta-feira, quando reagiram ao discurso duro do presidente do BC.
Além da expectativa pelos discursos do dia, analistas afirmam que a proximidade da divulgação do IPCA-15, na terça-feira, é outro fator de cautela para o mercado, principalmente em um momento de revisões para a inflação.
Exemplo disso foi o relatório Focus, do Banco Central, que trouxe novas revisões para inflação, dólar e déficit em conta corrente. A expectativa pelo IPCA-15 ganha maior relevância porque já se espera nele alguma influência do desastre ambiental no Rio Grande do Sul.
Às 11h39, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,405%, ante 10,400% do ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2026 projetava 10,80%, de 10,84%. A taxa do DI para janeiro de 2027 era de 11,12%, contra 11,15% de sexta-feira.