As taxas de juros futuras começaram em viés de alta na manhã desta segunda-feira, 30, refletindo uma piora da percepção de risco do mercado. Internamente, a chegada de Eike Batista ao Rio de Janeiro, prevista para logo mais, às 10 horas, traz certa apreensão sobre um possível acordo de delação.
Ainda em Nova York, antes de partir para o Brasil, o empresário afirmou que “está na hora de ajudar a passar as coisas a limpo”. Ele será preso assim que desembarcar, no Galeão, segundo a Polícia Federal.
Também nesta manhã, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, homologou as delações premiadas dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. No exterior, o mau humor prevalece diante de reações negativas ao recente decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, para interromper o fluxo imigratório.
Por volta das 9h55, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 apontava 10,965%, ante 10,935% no ajuste da última sexta-feira. O DI para janeiro de 2019 tinha taxa de 10,45%, ante 10,40%. Na ponta mais longa, considerada um termômetro da percepção de risco, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 projetava 10,70%, de 10,64%. Lá fora, os juros dos Treasuries operam em leve queda antes de dados importantes dos Estados Unidos e diante da cautela com Trump. O retorno da T-Note de 2 anos recuava a 1,212% e o da T-Note de 10 anos caía a 2,483%.