Estadão

Taxas futuras de juros avançam com influência do dólar e das taxas dos Treasuries

As taxas de juros negociadas no mercado abriram em alta nesta segunda-feira, 20, mas reduziram o ritmo no final da manhã, favorecidas pelo apetite por risco no mercado financeiro dos Estados Unidos. Embora dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenham voltado a alertar sobre os riscos à meta de inflação nos Estados Unidos, defendendo parcimônia na expectativa por cortes de juros, o mercado volta às compras de ações hoje, calcado na visão de que o Fed terá condições de iniciar os cortes de juros em setembro. A queda do dólar ante o real também colabora para a desaceleração das taxas.

O relatório Focus, do Banco Central, é um dos destaques da manhã, ao mostrar piora nas estimativas do mercado para inflação e taxa Selic, ante outros indicadores.

"A mais um importante sem dúvida foi a revisão da Selic para 10% ao final do ciclo, ou seja, o mercado espera mais dois cortes de 25 pontos e para. Esta é uma mudança substancial nas expectativas dos economistas e reverbera o último Copom", disse o economista André Perfeito.

Segundo Perfeito, se o Copom parar de cortar a Selic antes de o Federal Reserve iniciar os cortes nos Estado Unidos, a tendência seria um alívio na ponta longa dos juros no Brasil.

Às 11h42, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para liquidação em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,375%, ante 10,364% do ajuste de sexta-feira.

O DI para janeiro de 2026 projetava 10,66%, ante 10,65% do ajuste anterior. A taxa de janeiro de 2027 estava em 11,02%, de 11,00%. E a de janeiro de 2029 subia de 11,49% para 11,50%.

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