Os juros futuros operam em alta nesta segunda-feira, 7, puxados pelo dólar forte ante o real e no exterior. Lá fora, a divisa norte-americana segue carregando ganhos ante moedas fortes e a maioria das divisas emergentes e ligadas a commodities, com os investidores apostando em até quatro aumentos de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) neste ano.
O IPCA de abril, que será conhecido na quinta-feira, 10, deve ajudar a guiar os juros a dez dias da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
Pela manhã, na pesquisa Focus, os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para a inflação de 2018 em 3,49%. Já a projeção para o índice de preços em 2019 permaneceu de 4,03%. Foram mantidas também as projeções para a Selic no fim de 2018 e de 2019, em 6,25% e 8,00%, respectivamente. A alta projetada para o PIB de 2018 caiu de 2,75% para 2,70%. Já o câmbio médio em 2018 subiu de R$ 3,34 para R$ 3,37.
Os economistas consultados pelo BC esperam ainda por um corte de 0,25 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) na próxima semana, de 6,50% para 6,25% ao ano. Depois disso, conforme o Sistema de Expectativas de Mercado do Relatório Focus, a projeção é de que a Selic permaneça em 6,25% ao ano até maio de 2019, quando a taxa subiria a 6,50% ao ano.
Este aumento marcaria o início de um novo ciclo, desta vez de alta para os juros básicos. O Sistema de Expectativas indica ainda elevação da Selic para 6,75% ao ano em junho de 2019, 7,00% em julho, 7,25% em agosto e 7,50% em setembro do próximo ano.
Às 9h39 desta segunda-feira, o DI para janeiro de 2020 estava em 7,10%, na máxima, ante 7,06% no ajuste de sexta-feira, dia 4; o DI para janeiro de 2021 indicava 8,09%, ante 8,04% no ajuste anterior.
No câmbio, o dólar à vista subia 0,45%, aos R$ 3,5406 neste mesmo horário. O dólar futuro para junho ganhava 0,27%, aos R$ 3,5490. Em Nova York, o dólar subia a 109,25 ienes, ante 109,11 ienes no fim da tarde de sexta-feira. O euro recuava a US$ 1,1913, de US$ 1,1955 no fim da tarde de sexta.