Os juros futuros encerraram a sessão regular desta quinta-feira, 2, com viés de queda. Nos vencimentos mais longos, o recuo foi maior. Segundo profissionais do mercado de renda fixa, a trajetória foi motivada por um conjunto de fatores locais e externos.
A perspectiva de que os juros não vão subir tão brusca e fortemente nos EUA – traçada pela decisão do Federal Reserve (o banco central norte-americano) divulgada na quarta – levou a uma desvalorização do dólar nesta quinta ante várias divisas, inclusive perante o real. “Essa lógica ajuda na queda das taxas hoje”, afirma o sócio da Garde Asset Management Marcelo Giufrida.
A falta de surpresa na eleição para presidente da Câmara dos Deputados também acabou colaborando para a jornada de queda dos juros nesta quinta-feira. Segundo três profissionais ouvidos pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) em primeiro turno apenas confirmou o cenário base de muitos analistas.
Ou seja, confirmou a escolha de um aliado de Michel Temer no comando da Câmara. Se a decisão tivesse ido para o segundo turno, é provável que as taxas tivessem sofrido algum revés, de acordo com um operador.
No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2018 estava em 10,865% ante 10,895% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2019 fechou a 10,31% ante 10,35% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 encerrou a 10,60% ante 10,67% no ajuste de quarta.