Economia

Taxas futuras de juros invertem alta e recuam, com menor tensão sobre a Grécia

Os juros passaram o dia em alta moderada, mas viraram para a queda no término dos negócios, na esteira da informação sobre mais uma tentativa de consenso entre a Grécia e os líderes europeus. Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o DI janeiro de 2016 encerrou em 14,12%, de 14,16% no ajuste de ontem; o DI janeiro de 2017 fechou em 13,72%, de 13,75% no ajuste anterior; e o DI janeiro de 2021 caiu de 12,66% para 12,63%. O dólar à vista fechou em R$ 3,1830 (+1,08%) no balcão.

Apesar da crescente pressão do câmbio ao longo da sessão, as taxas futuras foram na contramão, desacelerando o avanço inicial à tarde para terminarem em baixa. A despeito da aversão ao risco com a Grécia, com a China e das preocupações com a política interna, o tombo dos rendimentos dos Treasuries e também de outras taxas internacionais serviu como contraponto à alta. No final da sessão, a informação sobre um novo acordo para a Grécia até domingo trouxe alívio extra para que as taxas passassem a cair.

Ao longo do dia, a aversão ao risco cresceu sobremaneira, puxando as taxas para cima, após um novo fracasso nas negociações para um acordo na Grécia na reunião do Eurogrupo. À tarde, contudo, informações de que um novo acordo estaria sendo costurado entre Atenas e os líderes europeus conseguiram frear o avanço.

Segundo fontes, a zona do euro estaria estudando plano para acordo de curto prazo até domingo, que providenciaria um financiamento imediato ao país. Também segundo fontes, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, teria proposto a concessão de um financiamento provisório até o fim de julho ao país em troca de algumas revisões que estão sendo demandadas pelos credores.

No Brasil, o quadro político gera desconforto e o mercado tenta calcular o risco de um impeachment da presidente Dilma Rousseff, em meio à proximidade do fim do prazo para que ela apresente argumentos que convençam o Tribunal de Contas da União (TCU) a aprovar as contas de 2014.

Uma eventual rejeição pode abrir brecha para que a oposição conteste seu mandato, ainda mais diante das acusações de financiamento irregular de sua campanha presidencial.

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