As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam próximas da estabilidade na manhã desta segunda-feira, 10, com leve viés de baixa, em um movimento de acomodação já esperado pelos profissionais do mercado, após as altas da sexta-feira. Apesar da agenda doméstica esvaziada, a semana que se inicia hoje será movimentada para o mercado de juros, que dividirá as atenções entre diversas referências, como a divulgação de indicadores de preços, as pressões do governo por alteração nas metas de inflação e a expectativa pelo avanço da proposta de novo arcabouço fiscal no Congresso.
O exterior também segue no radar, com os investidores analisando novos dados para calibrar apostas sobre a política monetária dos Estados Unidos.
O principal foco dos investidores no Brasil estará no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, a ser divulgado amanhã, e para o qual o mercado espera uma desaceleração para 0,77%, ante o 0,84% registrado em fevereiro. Enquanto isso, as análises ficam por conta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março, divulgado nesta segunda-feira
O indicador calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou queda de 0,34% no mês passado, após uma elevação de 0,04% em fevereiro. O resultado ficou abaixo do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam desde uma queda de 0,26% a alta de 0,15%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. A deflação foi obtida exclusivamente pela queda dos preços no atacado, que caíram 0,71% e mais que compensaram a aceleração dos preços no varejo e na construção.
Outro destaque da manhã fica por conta do Boletim Focus do Banco Central. O documento mostrou que a projeção do mercado para a inflação de 2023 aumentou de 5,96% para 5,98%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção subiu de 4,13% para 4,14% na última semana.
Às 9h50, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2024 tinha taxa de 12,23%, contra 12,25% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2025 projetava 11,99%, ante 12,03% do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2027 tinha taxa de 11,96%, contra 11,98%.