Economia

Taxas futuras de juros passam a cair acompanhando comportamento do dólar futuro

As taxas no mercado de juros futuros passaram a cair nesta segunda-feira, 23, há poucos minutos depois de a valorização do dólar no mercado à vista perder força e de o contrato no mercado futuro passar a exibir sinal negativo. Da abertura até as 9h42, aproximadamente, as taxas subiam.

Além de acompanhar o movimento do dólar, os juros experimentaram um ajuste para cima relacionado aos avanços dos retornos dos Treasuries nos primeiros 40 minutos da sessão. Os juros dos títulos americanos sobem com investidores se posicionando para uma alta de juros em dezembro pelo Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.

A alta da moeda americana ante a maioria das divisas acontece pelo mesmo motivo, visto que, na sexta-feira, 20, diretores do Fed fizeram novas declarações favoráveis ao aumento dos juros no mês que vem. Nesta segunda-feira, os investidores também aguardam a segunda estimativa do PIB do terceiro trimestre nos EUA na terça-feira, 24.

Às 9h55, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 15,15%, ante 15,21% no ajuste da quinta-feira, 19. O DI para janeiro de 2021 tem taxa de 15,23%, ante 15,27% no ajuste de quinta-feira.

Logo cedo, o BC divulgou novas mudanças nas expectativas dos analistas de mercado quanto a PIB, inflação, entre outros indicadores. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, a mediana das projeções para o IPCA do ano que vem ultrapassou o teto da meta no Relatório de Mercado Focus e está agora em 6,64%.

A perspectiva de retração do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem passou de 2,00% para 2,01%, segundo o Focus. Para 2015, a perspectiva de contração aumentou de 3,10% para 3,15% – um mês antes estava em queda de 3,02%.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou para 0,94% na terceira quadrissemana de novembro, informou nesta segunda-feira (23) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou 0,08 ponto porcentual acima do registrado na leitura imediatamente anterior, quando o indicador apresentou variação de 0,86%.

Sobre a atividade econômica no Brasil, a FGV divulgou mais um dado desalentador. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de novembro caiu 2,50% na comparação com o resultado final de outubro, de 76,2 pontos para 74,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 74,7% em novembro. O resultado, já livre de influências sazonais, é menor do que o apurado no dado final da sondagem de outubro, que foi de 74,9%.

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